O teatro como arma

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“Os que pretendem separar o teatro da política pretendem conduzir-nos ao erro – e esta é uma atitude política. (…) o teatro é uma arma. Uma arma muito eficiente. Por isso, é necessário lutar por ele. Por isso, as classes dominantes permanentemente tentam apropriar-se do teatro e utilizá-lo como instrumento de dominação. Ao fazê-lo, modificam o próprio conceito do que seja o ‘teatro’.”

Augusto Boal (1931-2009), Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas

Representação emancipada

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“Assim, a questão ‘texto e cena’ se mostra pouco pertinente. Não se trata mais de saber qual elemento vai prevalecer sobre o outro (o texto ou a cena). A relação entre eles pode nem mesmo ser pensada em termos de união ou subordinação. É uma competição, uma contradição que se revela diante de nós, espectadores. Sendo assim, a teatralidade não é apenas essa ‘espessura de signos’ da qual nos falou Roland Barthes. Ela é também o deslocamento desses signos, sua combinação impossível, seu confronto sob o olhar do espectador desta representação emancipada.”

Bernard Dort (1929-1994), A Representação Emancipada

Figuras infernais

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“O inferno de Sartre toma o drama de assalto para defender uma concepção filosófica. O inferno de Beckett é o próprio drama, meditado passo a passo, sofrido em sua contemporânea agonia, em sua incerta e ainda obscura ressurgência.”

Claudia Maria de Vasconcellos, Figuras Infernais no Teatro de Samuel Beckett